Da importância de cuidarmos do centro do nosso Universo

Ando com uns trânsitos astrológicos muito desafiantes. Isto vai durar até ao fim do ano, mas o melhor é esperar por 12 de Janeiro para tomar decisões.

Agora ando só a sentir que tenho de mudar de vida, todavia não sei para onde ir nem que fazer. É mesmo assim. Acontece esta inquietação para criarmos a necessária inércia para a imperiosa mudança.

Entretanto depois de me ter posto a gritar com duas amigas, resolvi tomar sérias providências. Como o nosso corpo físico é a zona mais densa do nosso espírito, resolvi marcar consulta no Porto com um grande da MTC.

Sabe muitíssimo, estuda continuamente e por vezes está mais empenhado na nossa cura do que nós mesmos. Pois uma doença dá imenso jeito e poupa-nos a fazer o que detestamos.

Então lá fui eu para o Porto. Cheguei à estação de S. Bento, deliciei-me com os azulejos e segui para a rua de Camões, atravessando os Aliados. Para mim estas minhas idas ao Porto são um passeio lindo. E exótico, pois decididamente sou uma mulher do sul.

Tivemos a consulta, conversando todo o tempo. Conversas de Yin e Yang que são os conceitos mais abrangentes que há.

Entretanto ele diz-me "sim porque tu tens um lado muitíssimo Yang" Aqui Yang queria dizer masculino. Eu fiquei logo aflita e já me começava a ver com barba e bigode a crescer. O que deve ser mesmo chato.

Perguntei-lhe logo "Yang? Eu? Mas onde vês tu esse meu lado tão Yang"?

A resposta apaziguou-me "é esse teu lado muito intelectual". Aqui já fiquei mais descansada pois a vida intelectual não costuma fazer-nos crescer pelos na cara.

Acrescentou logo a seguir "Deixa estar que quanto maior a frente maior o dorso, e tu tens outro lado muito feminino".

Fiquei muito curiosa e parei a ouvi-lo "Tu já viste as queixas que aqui me trouxestes? Às vezes dói-te o pulso quando fazes yoga. Tens uma manchinha na pele do tornozelo. Uma descamaçãozinha debaixo de um dedo. Coisinhas de pele. Isto são mesmo mariquices de mulher"!

Claro que sendo o doutor do Porto ele não disse "mariquices", disse de outra maneira; mas agora só me lembro deste termo do alentejanês.

Estas coisas para pessoas que estão atentas à sua saúde são muito significativas. Ele sabe e eu também sei. Mas ele assegurou-me que no geral só lhe chegam clientes em péssimo estado. Ninguém vai lá com sintomas tão ligeiros como os meus. Só quando alguma coisa deixa de funcionar ou dói muito se lembram de lhe pedir ajuda.

Porém se nos ajustarmos logo aos pequenos sinais, podemos manter um alto nível de bem-estar.

Rosalinda
Equipa Chave Mistica

www.chavemistica.com